30.6.07

Pensando no monte de notas que tenho que achar nas minhas bolsas pra prestar contas. Pensando que ninguém precisa trazer três bolsas pruma viagem curta dessas. Pensando que não sei aonde estão meus óculos, que saco. Que eu sempre perco, sempre. Pensando que deve estar no banheiro. Pensando se precisa tirar os óculos para ir ao banheiro. Ou foi pro banho? Porque aí precisa.
Pensando que quero fazer um tratamento estético. Diminuir as coxas e emagrecer mais uns quatro quilos. Pensando se vai haver um dia em que eu ache que não preciso emagrecer uns quatro quilos. Pensando que quatro é menos que vinte. Pensando que vou ficando cada vez mais realista.
Pensando no sorriso dele. Pensando nos olhos dele, no cheiro dele. Pensando no quanto é bom pensar nele. Pensando que eu não devia ter tomado aquela caipirinha, porque agora tou nessa moleza toda. Mas hoje é sábado e eu estava na praia, oras. Pensando na amiga que sumiu do msn e eu ainda queria perguntar um monte de coisas. Pensando que esqueci de pagar a fatura do meu cartão de crédito. Pensando que ando muito esquecida. Pensando, pensando. Pensando.

29.6.07

"Porque a Aids efetivamente ainda é uma doença que sofre preconceito e discriminação rasgado. Você tem câncer, todo mundo fica com pena, de que você vai ficar careca. Você tem Aids, as pessoas dizem, 'é tao sem vergonha porque hoje é impossível alguém ainda pegar Aids'. Quando, na verdade, saíram novos números para esse ano que mostram mais 600.000 pessoas com Aids no Brasil. Então não dá pra dizer que a Aids tá resolvida, nem em São Paulo, nem no Brasil, nem em nenhum outro lugar do mundo".
*Fala de uma militante do movimento de Aids.

28.6.07

"eu gosto quando ocê
dá o que eu gosto
quando ocê
faz o que eu gosto
quando ocê
faz o que eu faço em ôcê"


Tenho sentido um sono por aqui. Acho que porque também tenho acordado muito cedo. Mas aí fui dar uma caminhada pela orla, pra não dormir, senão, de novo, só vou pra cama altas horas da madrugada. Aí tava pensando. Que a vida com uma orla a cinco minutos de distância é muito mais saudável, né? Porque óquei, eu tenho voltado a pé do trabalho. Pela nove de julho, bonita que só. Paisagem bucólica, como todo mundo sabe, com a molecada cheirando cola, e etc. e tals.
Onde é a orla?Em Vitória, tou trabalhando aqui, acho que nem contei. (bastava eu ler os últimos posts pra saber se falei ou não. mas nossa, preguiça de ler a mim mesma. xapralá). Comendo moqueca quase todo dia, haja caminhada pela orla mesmo, né? Haja.
Aí hoje de manhã, fiquei cantando no carro, com meu MP3 escudeiro-fiel. Mal educada pra caramba mesmo. Que ninguém é obrigado a ouvir minha cantoria infame, né? Eu sei, eu sei. Mas a questão é que tava ouvindo "corrida da jangada". E o Edu Lobo diz assim: minha noiva é meu rosário, em seu corpo eu vou rezar. E eu acho tão lindo isso.

25.6.07

era tanta saudade...

24.6.07

"é só o coração dizer não
quando a mente tenta nos levar
pra casa do sofrer..."
dia de sol. acordar às oito da manhã. caminhada pela orla. café da manhã numa sala ensolarada. conversa de alma com a amiga querida. dar as mãos nessa vida. bom domingo procês também.

20.6.07




"E se a brisa soprar
E se ventar a favor
E se o fogo pegar
Quem vai se queimar
De gozo e de dor


E se for pra chorar
E se for ou não for
Vou contigo dançar
E sempre te amar
amor"



19.6.07

Se eu já usasse o g*mail há um mês átras, não passava pelo perrengue que tou passando agora, de não achar por nada nesse mundo um bendito e-mail que enviei. Catso.
E perguntando pra M. no msn, sobre as condições do hotel em que vou ficar, ela me diz: é o pior hotel que já fiquei em área urbana. E depois volta átras: não, fiquei num pior em JP, em que a diária era R$ 10,00. Digamos que estou bem animada.
E minha mãe tá aqui. Não sei o que deu nela, veio num médico aqui perto, e vai ficar pra dormir. Mas eu nem posso ficar lá na sala com ela vendo novela, tou trabalhando. Quer dizer, sei sim o que deu nela, deve ter brigado com meu pai. E eu não perguntei, nem vou. E me culpo um pouco sim, no meu registro mãe da minha família, Mas não vou perguntar o que eu não quero saber. E pronto. Não vou.
No mais, tou tão cansada. Que há dias eu só trabalho, todo dia. Fim de semana, trabalhei. E eu queria mesmo ser cantora nessa vida, aí sim eu ia trabalhar feliz, mas fazer o quê, vamô lá, relatório. Detesto essa palavra. Relatório. Antipática demais. Eu acho.

18.6.07

"eu sou funcionário
ela é bailarina
quando pego o ponto
ela termina"


E o mundo tá com pressa, né? Assim, de maneira geral. Porque, veja bem, lá no goo*gle tá assim: ganhe tempo, clique enter ao invés de pesquisar. Minha-nossa-senhora. Calma, galera. Que eu vou clicar pesquisar, não quero ganhar tempo. Cada uma, viu. E eu tou com um sono. Tremendo mesmo. Que agora trabalho no esquema firma, né? Horário comercial e etc. e tals. Bato cartão não, ainda bem, porque não chego no horário. Mas de toda forma, acordo cedo. E já digo até amanhã pro moço do elevador, aquele, sabe? Então. Funcionária, minha gente. Quem te viu, quem te vê. E as pessoas são tão engraçadas na firma. Mas eu tenho que escrever quanto tou lá, porque assim, com sono, eu esqueço. Mas claro que na firma eu não posso postar. Claro.

17.6.07

Entonces, pessoas. A questão é o seguinte: o médico chinês falou preu num tomar pílula nunca mais na vida. E num momento feminista, perguntou se eu achava que, se pílula fosse para homens, eles se entupiriam de hormônios, como nós. E na hora eu quase dei um beijo nele, achei o máximo, decidi tomar a cartela até o fim pra não zoar o ciclo ainda mais, e depois, adios, muchacha, nunca mais.
Mas.
A questão é também que passou minha tpm desse mês. P-a-s-s-o-u. Nenhum surto. Nem cheguei perto da janela esse mês. Então acabei comprando cartela. Pois é. Veremos.

11.6.07

Cheiro de casca de abacaxi que tá virando chá, incenso e amaciante. Junta tudo e não consigo sentir cheiro de absolutamente nada.

10.6.07


"e tem piriri
tem lombriga
tem ameba
só a bailarina que não tem"


Sábado foi dia de corujar a sobrinhica, que tá linda. E uma das coisas mais bacanas é observar o jeitinho com que ela vai se apropriando do mundo. Principalmente agora, que ela já é um bebê-criança. Que fala mamãe, papai, neném e titi. Tudo de uma vez, que é pra não ficar enchendo a paciência pra ela repetir toda hora. Mamãe-papai-neném-titi, assim, tudo juntinho mesmo.
E outro grande barato é o jeitinho que ela brinca. Acho precoce, porque ela só tem um ano e meio, mas já brinca de pegar cafézinhos imaginários, que ela serve num joguinho de xícaras que eu dei antes de ir pra Moçambique. E que na época ela só atirava mesmo as xícaras longe, acho que pensava que eram bolas, sei lá. Agora ela já se ligou que é xícara*, aí acho que ela pensa que tem uma máquina de café na parede. Ela vai lá, pega a xícara, encosta na parede, "enche" de café e me devolve. E eu tenho que beber. E ela diz: mais? E vai, e encosta na parede, e tudo de novo. Oitocentas e noventa e sete vezes. E eu bebo, todos os cafés.
Mas o grande barato mesmo foi um outro dia, em que ela veio aqui. Sentou no meu colchão, e a perninha dela dá certinho, porque o colchão é no chão, então enconstou no criado mudo, ligou o som (incrível mesmo ela saber, eu achei). Aí começou tocar o cd que tava lá na vitrola. E ela começou a cantar na língua dela. Assim, sentadinha, cantando. Aí eu morri, né? Apertei tanto, que atrapalhei a cantoria, não me contive. Linda.
*mas o leãozinho que eu trouxe da áfrica, não tem jeito. ela pensa que é cachorro.
"Pára de ondular, agora, cobra coral:
a fim de que eu copie as cores com que te adornas
a fim de que eu faça um colar pra dar à minha amada
a fim de que tua beleza
teu langor
tua elegância
reinem sobre as cobras não corais"
Caetano Veloso sobre poema de Waly Salomão

9.6.07



"hoje a gente nem se fala

mas a festa continua

suas noites são de gala,

nosso samba ainda é na rua"



Então a abstinência de shows foi sanada em grande estilo. Mônica Salmaso e Pau Brasil, cantando Chico. E sobre o show, vou parafraseá-lo: na presença dessas músicos, palavras são brutas. Tem que ir lá assistir mesmo, minha gente. Teatro Fecap, até o fim do mês.

7.6.07

Tou com abstinência de shows, não equilibrei isso desde a volta de Moçambique. E se ontem eu não tivesse voltado pra casa do dentista, pra lavar o cabelo imundo, tinha assistido o show da Ná Ozzetti lá no centro, meio dia e meio. Esqueci, como esqueci a própria consulta. Esquecida que só.
Aí G. bem me convidou pra ver Mundo Livre hoje, o que seria bem massa. Mas, veja bem. Tenho que trabalhar. E cada vez mais eu detesto trabalhar em feriado, muito mesmo.
E além de trabalhar, eu tenho que comer. E nunca mais nesse mundo que saiu uma comida comível na minha cozinha. Tou pensando em subir na lanchonete, comer um hambúrguer. Trash, eu sei. Mas hoje sou toda preguiça me arrastando por essa vida.

3.6.07

“Sabe gente
É tanta coisa pra gente saber
O que cantar, como andar
Onde ir...”

Sabe gente, é tanta coisa. Um capítulo de livro que eu tenho que terminar essa semana, ai jesus. Que eu nunca escrevi um capítulo de livro, e tou penando mesmo. E é só uma questão de entregar o bendito pra já ter que começar a escrever um artigo, de uma pesquisa que tem um trilhão de entrevistas pra analisar, dio mio. Sem contar o trabalho-mesmo-de-verdade, aquele das oito às seis, CLT e isso e aquilo. Que a partir da semana que vem é em outro estado. Trabalho de campo, o que significa que vou ficar exaustíssima da silva.
Pois muito bem. Que que eu pedi mesmo, pulando as setes ondinhas? Que em 2007 eu queria trabalhar. Então toma, beibe.
Aí lembrei que ainda tem o artigo da minha dissertação, que o orientador falou preu fazer no primeiro semestre, e, vejamos, tenho menos de trinta dias para. Beleuza.
E com tudo isso, o que eu faço no fim de semana? Festinha, chopp, filminho. Ô pessoa consciente, essa sou eu. Que se mudar não tem graça, né? Dizem.