30.7.07

"o melhor o tempo esconde
longe, muito longe
mas bem dentro
aqui"
O frio persiste. Nunca mais que acaba não?
E eu assisti Babel hoje. Pois é, só hoje, demorei. E não é que não gostei. É que não era esse o filme que eu queria assistir hoje não. Achei muito triste, mas um triste que não conversou muito comigo não. Estranhei.
Aí comecei a comprar meus presentes de aniversário. Um CD da Sueli Costa, que encomendei, e virá autografado. Uma bolsa eu já tinha comprado dias átras. Quarta vou comprar um sapato. E um livro. Aí fechou: as coisas que eu mais gosto.
Que mais? Ah, sim. Eu estou com preguiça de fazer festa de aniversário, confesso. Preguiça, preguiça. Se fosse só chegar lá (também não sei onde). Mas tem que pensar em tudo, né? Preguiça, minha gente. Quem sabe ano que vem.

29.7.07

"se a vida não dá a receita
eu não vou pagar a consulta"

Hoje senti vontade de prestar doutorado. Vou esperar passar.
E acho que essa foi a única vontade que senti hoje além de comer e dormir. Meu-deus-do-céu, que frio é esse? Coragem nenhuma de nada, e uma preguiça de imaginar amanhã, acordar, trabalhar.
Como não existe a menor condição de me deslocar até o cinema, porque não pretendo congelar, pensei em alugar um filmicho, mãs. Para alugar tem que sair de casa, e eu não saio, de jeito nenhum.
Mas ontem saí. E aquela garoa fina na cachola, minha gente? Que eu tou monotemática mesmo, só faço sentir frio nessa vida.

26.7.07


Minha mãe me liga meia noite e diz: sua irmã disse que vocês estavam conversando na internet. Vai descansar, filha. Veja bem. Mãe é mãe, dizem por aí.
Aí me convida pra sair no sábado, fazer umas compras. Que, obviamente, será meu presente de aniversário. hihihi. Mas eu finjo que não sei, claro.
E minha cabeça tá cheia de coisas. Mas eu tou em paz. Querendo segurar essa sensação bem seguradinha. Como eu perguntava pra A.: como é que a gente segura as coisas pra elas não sumirem de dentro da gente, aquelas coisas que a gente tem que saber e não esquecer? E ela não respondia respondendo não, ela ia mostrando o caminho. Que tou caminhando, ainda e sempre.
E meu nariz, aquela beleza. Espirros, né? Si si. Uma sinfonia que não acaba nunca mais.

25.7.07

"a gente semente
semente plantadinha no chão
a gente na mente
na mente e no coração"

Fui tirar o pão de queijo do forno e quase entrei dentro. De frio, né? E também pensei que de repente fosse um método de inalação eficaz. Que o nariz tá demais de seco, incomodando, congestionado. Queria dar mesmo um jeito nessa rinite.
E nem tou com fome não, é mais gula mesmo. Que eu comi milho no prato, quando tava voltando do Sesc. Tinha que escolher entre churros ou milho no prato, aí escolhi o segundo, menos calórico. Segunda vez hoje, que já tinha escolhido mc c*hicken ao invés de big m*ac, hohoho. Coerência é comigo mesmo.
Aí, matriculada no curso de canto e com o milho no prato em mãos, subo para o metrô, cantando. Não que fazer as três coisas concomitantemente seja coisa lá muito fácil, mas eu sigo. E sinto uma sensação boa por ali, nos arredores do sesc. Lembrança de um tempo bom. Tempo bom como esse, o de agora. Sim, tá tudo bom, tá tudo bem.

23.7.07

Onde eu tava com a cabeça quando aceitei fazer um relatório sobre saúde, dio mio? Agora tou aqui, lendo cartilha do SUS. Dez da noite, veja bem.
Olhando pro cabo da máquina fotográfica que eu levei pra firma achando que era do mp3. E amanhã, se o universo conspirar a favor, me matriculo na aula de canto, hein? Haja conspiração preu acordar bem cedo pra isso nesse frio.
E o tamanho da bolsa que eu levei pra firma hoje? Gigante. Qualquer dia levo o pijama e já durmo, né? Então. A bolsa é uma linda, que comprei no sábado. Que eu tinha que usar hoje, né? Então ignoro o fato de que ela é de tecido e saio com a bolsa nova na chuva.
Aí quando eu fico assim, cansada, sempre fico querendo outra coisa da vida. Chuva, suor e cerveja?

22.7.07

Quem precisa ter nas mãos
O direito de escolher
Sente o vento
Livra o olhar
Deixa o amor derivar

18.7.07

"aspiras de la lisura
que da la flor de canela
adornada con jazmines
matizando tu hermosura "

Se hoje eu pudesse fazer um pedido pro gênio da lâmpada, eu queria não ter cabelo branco até chegar a idade de ter cabelo branco. Que quando chegar a idade eu quero ter cabelo branco. Quando chegar, veja bem.
E coisa boa é chegar em casa e ela com cheiro de limpinha. Quem tem uma casa sempre limpinha não deve sentir esse prazer. E quanto mais se tem uma casa sempre sujinha, mais intenso o prazer. Casa limpinha, cheirosa, mas eu já manchei o chão limpinho de tinta de cabelo. Pra manter o tom.
E é tanta gente falando que eu tou linda, que dá até vontade de ficar assim, sempre linda, e mais linda, linda por dentro. Que é daí que exala.

17.7.07

O que descubro. Assusto. Apreendo. E vou. Aprendendo.

16.7.07

"Que se a mim não me deram
Esplêndida beleza
Deram-me a garganta
Esplandecida: palavra de ouro"

Eu preciso insistir no cd que tem me feito companhia constante, Ode descontínua e remota para flauta e oboé - de Ariana para Dionísio. Essas mulheres todas cantando esse amor todo, tão humano. Ô minha gente, nao percam. A gente merece, é necessário.
E aí eu tou aqui tão envolvida com essa poesia que nem lembro direito o que é mesmo que eu queria dizer. Ah, sim. Que agora tenho um novo computador. Que é o mesmo, mas agora com memória. Que antes o coitado só tinha mesmo uma vaga lembrança.
Que mais? Ah, tenho que arrumar essa casa, meus deuses. E não consigo. Que mudei umas coisas, e não consigo colocá-las no lugar nunca mais. Quero terceirizar essa parte, da casa. Quero morar aqui como hóspede, pronto e acabou.
E acordar cedo com essa chuva e esse frio? Eu quero também um emprego que comece às onze e termine à quatro. Bem razoável, me parece.

13.7.07

Quando Beatriz e Caiana
Te perguntarem, Dionísio
Se me amas
Podes dizer que não
Pouco me importa
Ser nada à tua volta
Sombra, coisa esgarçada
No entendimento de tua mãe e irmã
A mim importa, Dionísio
O que dizes deitado, ao meu ouvido
E o que tu dizes
Nem pode ser cantado
Porque é palavra de luta e despudor
E no meu verso se faria injúria
E no meu quarto se faz verbo de amor.

Hilda Hilst, musicada por Zeca Baleiro.

11.7.07

E por que é que a pessoa, ao invés de dormir, resolve postar no blog? Se anda caindo de sono pelas ruas e avenidas? Só não cai de sono na cama, vai entender.

10.7.07

compositor de destinos
tambor de todos os ritmos
tempo tempo tempo tempo
entro num acordo contigo

5.7.07


"olhos, santos, santos olhos
olhos de quem quer ver o que ninguém vê
quer ver o que ninguém quer ver"


Meu-deus-do-céu, os absurdos todos que o povo fala, né não? Que pra isso que serve jantar sozinha, ficar ouvindo. É cada uma, viu? Desse povo que janta em restaurante japonês e acha que sabe de tanta coisa, e só sabem mesmo é desfiar um monte de preconceitos e mesquinharia. E eu desprezo tanto essas duas coisas. E vou entrar na comunidade, visse? Que eu também chuto caretice.
E que mais? Ah, pois muito bem. Vai acabar essa mordomia de sashimi de salmão e saquê, né? Vai. E vai mesmo, porque quero voltar pra mi casita. Tá na hora já. Encontrar minhas amigans na liberté e no Pão de Ló. Que a partir de amanhã eu só toparia estar num hotel se fosse no Tivol*y, pra levar acetona no 503.
Aí hoje descobri que num dos 47665435 restaurantes que tem aqui no entorno tem bombom de morango com cobertura de chocolate. Saca qual é? Menina. A delícia das delícias. Ainda bem que só descobri hoje. Mas acho que vou levar uns pra São Paulo. Que agora que minhas calças estão folgadas eu resolvo esquecer qual é mesmo o número delas, e fico só achando que posso me esbaldar de bombom de morango com chocolate.
E eu queria reclamar que meus vizinhos de quarto de hotel brigam-e-se-xingam-e-em-alto-e-bom-tom e não pararam desde que fui jantar e voltei. E já tinha dado tempo de parar. né? Pois é. Então botei o MP3 e comecei a cantar. Vamos ver quem reclama primeiro.

3.7.07

Das coisas de ficar em hotel. Eu sempre coloco na porta aquele lance de "não perturbe". Sempre, inclusive quando não estou.
E o taxista mostra um bar e diz que ali é bacana, tem música ao vivo. Eu me animo, e M. manda o recado: ah, sim, aquele moço que toca um teclado, né? Óquei, entendi. Deixa pra lá.
Assisti Não por acaso, e tou doida pela trilha sonora. alguém aí sabe a letra daquela música "Sonhando", cantada pela Céu? Ou de repente. Alguém tem essa música pra me passar? Meu e-mail tá ali do lado, viu?
E acho que não tou mesmo acostumada a caminhar na orla não. Sou toda dor nas pernas, nossa. Dor nas pernas e sono.

2.7.07

M. e eu, em Moçambique, brincávamos que, chegando no Brasil, íriamos ao Mc*donalds perguntar se tinha Big M*ac. Porque não era possível a quantidade de coisas do cardápio que não tinha nos restaurantes de lá. Tipo coca light, essas coisas que a gente acha que não falta nunca.
Pois muito bem. Hoje fomos ao Mc. E, pasmem. Não tinha B*ig Mac. Escrito na foto, sabe? Esgotado. Pois é, pois é.

1.7.07

"O mundo caquinho de vidro
Tá cego do olho,
tá surdo do ouvido"
Então que jantar no restaurante japonês virou uma constante. Salmão e saquê, que nóis ganha pouco, mas come polvo. E se diverte.
E M. acha que colocaram água no saquê, veja bem. O que o costume faz com a pessoa, néam?
E eu já tou com preguiça da semana pela frente. Do tanto de trabalho que se tem a fazer quando precisa voltar pra casa no fim de semana.
Falando em voltar pra casa, vontade de cinema. Sempre, né? Hoje até procurei uma sala de cinema depois da praia (tão chique, né? falar que fui à praia assim, nessa naturalidade. adouro). Mas não enfrento cinema em shopping com criançada no domingo não. Só quando eu tiver os meus. Ou com a Maricota, talvez. Talvez.
E por falar nela. Ontem eu ligo e meu irmão (o pai) diz que ela está ótima, mil maravilhas. Hoje, minha mãe me conta que ela está com pneumonia. Mas óquei. Que eu combinei comigo que não vou mais ser mãe de todos eles. Então tá. Contando até mil.
E que mais? Ah, sim. descobri o Soulseek. Que eu sou assim, descubro quando virou carne de vaca. Uma pessoa na contra-mão de seu tempo.