30.1.08

Então ele não é Deus, não é inatingível, não é motivo de dor. Tampouco é alguém que não pode errar. Cada vez menos é alguém idealizado, por isso, cada vez mais é alguém próximo e íntimo. E eu querendo os dias, todos eles, um depois do outro, pra viver.

29.1.08

"Luva e mão
Mão e luva
Vamos passear de guarda-chuva
Mão e luva
Luva e mão
Nosso encontro parecia perfeição"


E hoje eu descobri que, fora as botas de cano longo, eu não tenho sapatos para a chuva. Pura e simplesmente porque meus sapatos são todos abertos. Nem parece que eu morei em São Paulo os últimos 28 anos da minha vida.
E por falar em chuva, nem conto pra vocês da dificuldade pra acordar. E eu nem acordo às seis da manhã, é dificuldade pra acordar oito e meia mesmo. Aquele som de chuva caindo e eu só quero dormir para sempre, depois acordar e a chuva ter dado uma trégua que me permita ir ao cinema à tarde, vontade grande de ir ao cinema à tarde. Coisa impossível na minha atual vida de funcionária.
E a dificuldade pra trabalhar? Tudo culpa da chuva também. Pingos que caem sobre o ar condicionado e fazem aquele barulhinho que dá vontade de dormir pra sempre. E ontem eu passei o dia todo sem fazer absolutamente nada. Aí, por conta disso, lá vamos nós, trabalhar um bocadinho no carnaval, né? Já que as previsões são de muito barulhinho pra gente querer dormir pra sempre, e acordar e ir ao cinema e se sobrar um tempinho, escrever relatório.
E tem mais. Fotos de Paris no flickr. Ié.

27.1.08

Feriado delicioso de sobrinha, amiga, cinema, mais amiga, jantar, matar saudades, comida gostosa preparada por ele, aconchego, mais comida, um pouco gostosa, preparada por mim, e todas as fotos de Paris num dvd super lindo, eita vida boa essa minha, vô te contar.
Aí cheguei aqui em casa agora à noite e mudei meu quarto de lugar, parece que ficou bacana. O bom de não ter móveis é essa mobilidade, né? Não gastei quinze minutos pra fazer isso. Só tá estranho o espelho em frente à minha cama, hihi, vou tirar.
E procurando um livro achei um caderno que levei pra Moçambique, era pra registro da viagem. Acabei nem usando, fiz um diário no word mesmo. Mas foi tão gostoso achá-lo, que eu escrevi pouco, mas uma coisa tão bonitinha. Daquelas pra guardar mesmo, registrado.

23.1.08

"canta
vira a dor pelo avesso
canta..."


Depois de muita ginástica, consegui sincronizar meu ipod de modo que não sobrou nem um espacinho sequer (sobrou 4,1 MB pra ser bem exata). Amanhã é dia de ficar com ipod no ouvido o dia todo. Que eu pretendo, não terá uma reuniãozinha sequer. Exaurida de reuniões por aqui.
No entanto, bem satisfeita com o meu trabalho. O meu mesmo, da minha pessoa, a minha capacidade de levar tudo adiante, e com coerência, e sem desespero (algum, é verdade, de vez em quando, mas nada demais não). Hoje a chefe me disse, depois da reunião: tá tudo dando certo, tá tudo bem, né? Sim, está, e muito disso é mérito meu. Essas coisas que é bom não esquecer.
No mais, eu preciso ver o mar. Premente aqui no meu planeta. E boa noite, algum sono rondando por aqui.

21.1.08


Eu queria saber por que o moço que faz nossos pacotes no mercado coloca duas sacolinhas de plástico ao invés de uma, pra cada "pacote". E só percebo quando chego em casa, aí fico p. da vida. Porque eu detesto sacolinhas de plástico. Em Paris as pessoas carregam suas compras num carrinho de compras, que eu achei o máximo, queria um daqueles pra mim. E nunca mais que entrava uma sacolinha aqui no doce lar.
E por falar em Paris, quem acha que as delícias gastronômicas se limitaram à viagem, está muito enganada. Fim de semana de delícias francesas, com vinho tinto e uma geléia de vinho branco, que combinamos com queijo gorgonzola, e eu lhes digo: que maravilhosa combinação. Minha gente, essa geléia é algo de maravilhoso, simplesmente. E tenho que concordar com a colega que disse que esses franceses devem ser todos pervertidos, gente normal não pensa umas comidas assim.
E além de me apresentar essas delícias francesas, o moço dos olhos mais bonitos ainda me apresentou, tempos átras, um arroz perfumado de jasmim. Que a gente faz sem sal nem nada, e vai combinando com comidinhas temperadas, as mais variadas. Já comi com frango com curry, linguiça com cebola, frango com gengibre. Só gengibre. Ou uma combinação que é ótema, super fácil e light (hohoho): salada bem temperada, com limão, cebola, azeite. E fleur de sel, um sal delicioso também trazido das terras francesas. Bem gostosinho meu jantar com arroz perfumado e saladinha, boa noite, bom sono procês também.

20.1.08

Gosto do aconchego da cabeça em suas pernas
E dali, aconchegada, procurar teus olhos
Nesse aconchego, gosto também de virar para o lado
E sentir seu cheiro
Aconchego.

17.1.08

Não se afobe não
Que nada é pra já

15.1.08

"o rei está nu
mas eu desperto porque tudo cala
frente ao fato de que o rei é mais bonito nu"

Não sei se se trata de sorte, nem sei quanto tempo vai durar, mas minha equipe de trabalho realmente me ajuda. Às vezes basta que eles não causem problemas, né? Mas nesse caso me ajudam também. Amém.
E eu, que num guento mais reunião, amanhã tenho a mais importante delas até o momento. Ai ai. Ei de aguentar.
Hoje cheguei por aqui com uma fome danada, aí lembrei do crepe de nutela que a gente comia em Paris. Minha mãe diria que crepe não mata a fome. acho que ela pensa que só arroz-feijão mata a fome. Mas voltemos ao crepe. Diliça, minha gente. Cheio de nutela, muita mesmo. E esse foi o primeiro que comi, então já aumentou muito minha exigência com os demais. Tinha que ver minha cara de decepção no dia que resolvi comer um outro crepe, acho que foi no Opera Bastille. Aquele tico de nutela. Bom mesmo é o que fica perto da estação Clunny-Sorbonne. Eu acho que é esse o nome.
Isso sem falar no crepe de presunto e quejo. Com o queijo meio que queimadinho em cima, sabe? Não sei se dá pra entender, mas enfim, é gostoso. E perto desse crepe gostoso tem uma espécie de uma pracinha, uns bancos. A gente sentou lá umas duas vezes pra comer, e eu achei o lugar tão fofo. Mas numa dessas vezes tava tão frio que engolimos o crepe e saimos correndo. Acho que foi um dos dias mais frios.
E eu poderia ficar aqui falando das comidas por horas a fio. Lembrei duma torta de maçã que comemos. Era uma coisa meio assim: uma massa bem gostosa, que eu não sei reproduzir como é feita, nem nada. Mas achei leve. E muita maçã, meio cozida-meio caramelada. A torta é isso, massa e muita maçã. E é bom, daquelas coisas que você come e depois fica lembrando e salivando, saca? Essa foi em Montparnasse, tenho certeza.

11.1.08


Sobre aquela história de resoluções de começo de ano, acho que eu gostaria de tirar carteira de motorista esse ano. Sim, eu tenho quase trinta anos e nada de carteira de motorista, muito porque nunca me fez falta mesmo, me viro bem com transporte público. Mas ultimamente está fazendo falta. Amanhã mesmo eu queria buscá-lo no aeroporto, fazer um mimo. E simplesmente não tenho carteira de motorista pra ir até lá. Nem carro, é verdade. Mas uma coisa de cada vez, quero tirar a bendita carteira primeiro, hohoho.
E hoje eu queria dar um pulinho no cinema, mas preciso arrumar minha casa, então voltei direto pra cá. Aí fiquei pensando que se um dia eu fosse morar em Paris, acho que eu veria muitos e muitos filmes, inclusive pra aprender francês.
Não, eu não fui ao cinema em Paris, apesar de adorar cinema francês. É que lá eu fiquei fazendo o que mais gosto e o que mais queria fazer: caminhar pela cidade. Caminhar na beira do Sena. E precisava ir ao cinema? Já tava me sentindo num filme, minha gente.
E se caminhar por cidades é algo delicioso de se fazer, em Paris esse prazer se multiplica ao infinito. Porque, clichê dos clichês, eu só consigo repetir que a cidade é linda. Que o Sena é lindo. Que a torre Eiffel é linda, que as pontes são lindas, e as ruas também, e tudo é tão bacana. Nem vontade de museu eu senti, só queria mesmo andar e olhar com os olhos bem abertos aquela cidade luz. Pra acontecer o que aconteceu agora, deu lembrar o dia em que fomos ao Arco do Triunfo e depois andamos pela Champs Elysées, e passamos na Fnac, e compramos cd da Lura, Buika e Mayra Andrade. É, 2008 começou bem.

10.1.08

"nego sinta-se feliz
porque no mundo tem alguém diz
que muito te ama
que tanto te ama
que muito te ama
que tanto tanto te ama"
Hoje a família toda apareceu por aqui, com a sobrinhica que agora já tem dois aninhos. E já sabe as cores, e não pára de dizer o tempo todo a cor de tudo o que vê. A ponto de não conseguir escolher o prato no qual queria comer, e ficar só apontando: quero o vermelho, não, o verde, não, o azul. E eu corujando!
Aí ela ganhou uma mochila made in France, e não tirou dos ombros, andando de lá pra cá com a bocha (bolsa na língua dela). Só tirou mesmo a mochila pra tomar banho com a tia. E foi uma farra. Além do que, eu me senti a tia mais bacana do mundo, porque comigo ela perdeu o medo do chuveiro e topou lavar o cabelo numa boa. Depois do banho teve até massagem, ela passando creme e apertando meu pescoço. Linda, minha gente. Demais da conta.

7.1.08


Bonne Anné, madames e messieurs!

Tudo foi muito, mas muito corrido, então nem deu tempo de escrever aqui e contar que o ano de 2007 foi muito especial, que eu arrumei emprego, viajei pra África, me apaixonei e, por fim, fui à Paris passar o natal e o ano novo.
O que significa que eu tenho muita coisa boa pra contar da viagem, que foi deliciosa (literalmente, meus deuses como se come bem naquela terra!). E vou fazer isso assim que chegar direitinho, e minimamente conseguir me encontrar aqui em casa, que estava abandonada há dois meses, coitada.
Por hora eu desejo um ano novo lindo, cheio de coisas boas, gostosas, coloridas. Bem vindo, 2008!