19.10.06


Assisti Pintar ou fazer amor por acaso, convite inesperado de uma amiga no meio da tarde. Por acaso, também, o casal protagonista do filme conhece um outro casal com o qual descobrem novas possibilidades de viver sua sexualidade.
Eu não sabia nada sobre o filme, e gostei tanto, que quando cheguei em casa fui buscar sinopses e críticas. Vi uma que dizia algo como "é um filme sobre swing na meia idade". E esse tipo de crítica rasa era o que eu queria mesmo ter lido, para discordar. Inclusive porque corrobora o que eu pensei ao assistir o filme.
Eu já li nessas revistas femininas pseudo-liberais, coisas como "guia prático para frequentar casas de swing". E, nada contra quem frequenta, pensei: nossa, será que para essa revista a medida de liberdade sexual é consumir casas de swing? Além do guia prático, a matéria dizia algo do tipo "swing é a nova maneira encontrada pelos casais para driblar a rotina" e blablablá.
E o filme, que aborda a troca de casais, consegue fazê-lo de uma maneira complemente diversa. Porque o filme é principalmente bonito. E é um filme de amor. De duas pessoas que se amam, descobrindo outras formas de relação com o corpo, com o amor. Não tem guia prático, nem casa noturna, nem crise no casamento. Os protagonistas têm uma relação madura, de amor, e disponibilidade para viver, cada um, sua sexualidade, e juntos. Sem obrigação de ler manual, sabe?

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