24.11.06

Hoje teve segundo tempo da pesquisa nos conselhos, e lá fui eu. Horas e mais horas, um sem fim de discussões. Mas eu gosto de ver aquele povo debatendo política de s*aúde. Principalmente o pessoal do movimento popular, é claro. E os representantes dos trabalhadores e as alianças que eles constroem. É claro que a academia tem diversas questões em relação aos moviment*os populares, algumas bastante importantes, mas eu te digo, é muito bacana ver assim, de verdade, acontecendo. Porque aí faz mais sentido a epígrafe da minha dissertação, em que eu cito Guimarães dizendo que "uma coisa é pôr idéias arranjadas, outra é lidar com país de pessoas, de carne e de sangue". É, ah se é.
Mas uma hora essa reunião acaba, e então três horas da tarde engulo um temaki e corro para o seminário de comemoração do aniversário do centro de pesquisas com o qual colaboro. Eu, pobre mortal. E quem está na mesa de debates? Ah, não vou botar o nome aqui não, porque o goo*gle acha e blá. Mas vou te contar, uma mega referência intelectual e do pensamento de esquerda. Aí tinha ministros lá também. Bacana. A discussão era sobre a esquerda e a democracia.
Volto pra casa, abro meu e-mail. Um convite para homenagear um professor que o departamento perdeu recentemente. Para mim e para os pesquisadores amigos lá do centro de pesquisa. E eu vou te dizer. As referências bibliográficas todas, ali, no meu e-mail. Fiquei me sentindo pesquisadora por uns minutinhos.
Então lembrei que uma colega me disse, uma vez, que para mim meu orientador era o máximo, mas para a maioria absoluta das pessoas, ele é um anônimo. Sim, eu sei bem disso. Mas em relação a um monte de gente que eu admiro muito (esses, conhecidos por meia dúzia de gente) eu ainda guardo um certo encantamento. Momentos depois de me sentir pesquisadora eu senti de novo aquela sensação de segundo, terceiro ano de graduação, em que eu olhava para um professor e pensava: nossa, esse é fulano? Uau.

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