14.2.07

Eu escrevi um post e apaguei, sem querer. E agora tenho que dormir porque acordei às sete da matina. Eu disse s-et-e. E amanhã de novo, vamo lá.
Mas deixa só eu contar que manchei a camisola com methiolate. Porque minhas unhas estão realmente machucadas. E que assunto mais apropriado quando meus queridos leitores estão a esperar* notícias fresquinhas de Moçambique. Mas reparem só como eu tenho tido ataques de mulherzices por aqui. Lembram que eu disse que uma meta em 2007 era eu me tornar uma mocinha? Além de trabalhar, acordar mais cedo. Nossa, nem terminamos o segundo mês do ano e eu estou a mil. Tem aquela meta de voltar ao meu peso. E pra isso talvez eu precise parar de comer camarões gigantes, com batata frita. E refrigerante. É, talvez.
A coisa do refrigerante é complicada. Porque a água aqui é um problema, não tem tratamento. Então não dá pra pedir suco natural. O suco industrializado tem muito açúcar e eu não consigo tomar. Tem aqui um suco (que chama sumo) de mistura, e eu ainda não sei mistura de quê.
O mamão daqui parece não ser bom. Meio duro, saca? Mas a manga é boa. O abacaxi eu achei que tava meio passado, mas não sei se é assim mesmo.
Repararam que agora tem acento? Graças ao economista da comunidade**. O povo aqui sabe tudo de informática, gracias. Porque eu, bem. Aquela precariedade que todo mundo sabe.
Outra coisa complicada: repelente. Tem que passar toda hora. Por causa da malária, e ainda estamos em época de chuvas. O repelente tem que virar uma extensão do corpo. Mas, minha gente. O negócio chama repelente não é à toa, né? Que ninguém aguenta ficar perto, que coisa mais horrível. Agora mesmo me melequei toda e quis sair correndo pelo corredor, o quarto ficou impestiado. Como sair correndo de camisola manchada de methiolate não é, assim, muito apropriado, estou aqui, espirrando com o cheiro do negócio. Cobre um santo e descobre outro, vamo que vamo.
E vamos finalizar dizendo que não é possível fazer uma refeição aqui em menos de duas horas. Porque realmente tudo demora horas. Pra pedir. Para o moço (que aqui não é moço, nem garçom. Não sei o que é, mas para chamar a gente tem que dizer "faz favor") dizer que infelizmente não tem esse prato. Pra vir o prato então. Meus deuses, aí é uma vida. E depois para trazer a fatura, etc e tal. Querida amiga dona de casa, não reclame do serviço em São Paulo, é o paraíso.
E por falar em São Paulo, uma rapidinha sobre o Brasil. Quero declarar meu repúdio à essa história de voltar à pauta a discussão sobre maioridade penal. Que tal discutirmos maturidade institucional e social? E já que começamos, quero dizer que fiquei feliz que senti até um quentinho assim no peito quando vi o resultado do referendo sobre aborto em Portugal. Muito bom mesmo.
E não é que saiu um post?
*vou escrever em itálico as expressões usadas aqui, tá?
** a comunidade é formada por essa que vos escreve, A., que é economista, M., que é arquiteta e D., que é demógrafo.Gente boa demais, devo salientar. Pra vocês tomarem conhecimento.
***A. tira fotos lindas. Tem uma muito bacana, no cemitério de navios, e eu vou pedir a ele para mostrar procês, tá? Então tá. Tchau.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

...please where can I buy a unicorn?

6:13 PM  

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