10.6.07


"e tem piriri
tem lombriga
tem ameba
só a bailarina que não tem"


Sábado foi dia de corujar a sobrinhica, que tá linda. E uma das coisas mais bacanas é observar o jeitinho com que ela vai se apropriando do mundo. Principalmente agora, que ela já é um bebê-criança. Que fala mamãe, papai, neném e titi. Tudo de uma vez, que é pra não ficar enchendo a paciência pra ela repetir toda hora. Mamãe-papai-neném-titi, assim, tudo juntinho mesmo.
E outro grande barato é o jeitinho que ela brinca. Acho precoce, porque ela só tem um ano e meio, mas já brinca de pegar cafézinhos imaginários, que ela serve num joguinho de xícaras que eu dei antes de ir pra Moçambique. E que na época ela só atirava mesmo as xícaras longe, acho que pensava que eram bolas, sei lá. Agora ela já se ligou que é xícara*, aí acho que ela pensa que tem uma máquina de café na parede. Ela vai lá, pega a xícara, encosta na parede, "enche" de café e me devolve. E eu tenho que beber. E ela diz: mais? E vai, e encosta na parede, e tudo de novo. Oitocentas e noventa e sete vezes. E eu bebo, todos os cafés.
Mas o grande barato mesmo foi um outro dia, em que ela veio aqui. Sentou no meu colchão, e a perninha dela dá certinho, porque o colchão é no chão, então enconstou no criado mudo, ligou o som (incrível mesmo ela saber, eu achei). Aí começou tocar o cd que tava lá na vitrola. E ela começou a cantar na língua dela. Assim, sentadinha, cantando. Aí eu morri, né? Apertei tanto, que atrapalhei a cantoria, não me contive. Linda.
*mas o leãozinho que eu trouxe da áfrica, não tem jeito. ela pensa que é cachorro.

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