10.10.07

No início, talvez fossem minhas as impressões dominantes do que era você. Ninguém foge às expectativas, as próprias e aquelas outras todas, calcadas dentro de cada um, que ninguém nem sabe bem de onde vem. Então você era você, seu cheiro era seu, suas palavras eram suas e seus olhos. Ah, seus olhos. Eles eram seus. Mas inevitalvelmente misturados àquilo que meus olhos talvez achassem que queriam ver.
O interessante é que mesmo assim, permeado do que eu sou e desejo, havia ali a promessa. De que eu pudesse olhar além. Olhar seus olhos, no fundo deles. E no profundo descobrí-lo despido de mim. Porque é quando olho nos seus olhos que experimento essa vontade crescente, de ver a você, e descobrí-lo, uma vez mais, e mais um pouco, e muito, e sempre.

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