29.12.06

Feliz 2007

"...e a atitude de recomeçar é todo dia, toda hora
é se respeitar, em sua força e fé
e se olhar bem fundo, até o dedão do pé"
Gonzaguinha
Um 2007 com cada vez mais liberdade pra dentro da cabeça. E repleto de gente fina, elegante e sincera, com habilidade pra dizer mais sim do que não!

Em 2006

eu atualizei a lista de blogs, aeeeeeeee.
E mudei de blog. Comecei a ler novos blogs (o seu, que eu adoooro). Enfim, a vida virtual andou bacana e agitada, e eu conheci pessoas legais de novo, ah, um barato.
Em 2006 eu terminei a teeeese. Que foi *o* evento do ano, sem dúvida. Mudei para esse apartamento, morando sozinha. Que foi o segundo evento do ano. Acho que nasci pra isso, morar sozinha.
Minha mãe fez uma cirurgia muito esperada, e eu tinha um pouco de medo e outro pouco de certeza de que ia dar tudo certo, e deu, e ela está linda e muito bem.
Ela encarou a análise de verdade e eu recebi alta.
No fim do ano, comecei seriamente a dieta que venho postergando há muito mais tempo do que gostaria. Tá rolando, sem sofrimento nenhum, beleza.
Das coisas assim, mais abstratas, devo dizer que eu estive muito tranquila durante o ano, principalmente se considerarmos o tamanho das coisas que vivi/enfrentei/inventei. Pela primeira vez na vida eu tou achando que consigo ser uma pessoa equilibrada na maior parte do tempo. Com espaços de surto total, mas óquei. não pretendo virar máquina nem monge tibetano.
Das coisas chatas, colocaremos em primeiríssimo lugar a falta de grana. Pobreza do cão esse ano. E não poderíamos deixar de fora o fato de que a vida sexual esteve aquém da média, e muito aquém do desejado, craro. Fora isso não lembro de mais nada tão chato assim. Que essas duas coisas já são péssimas o suficiente, pra quê mais?
Eu ia dizer que não me apaixonei por absolutamente ninguém esse ano, o que não seria chato nem legal, nem bom nem ruim, seria um fato. Aí lembrei que me apaixonei sim, mas já tinha esquecido. Concluí que foi uma paixão muito da meia boca. Que acaba de ser desconsiderada, sendo assim. Ou mehor. Vamos para o melhor fato do ano. A pessoa toma um fora e esquece, mas esquece de verdade mesmo, tipo, nunca nem existiu o fato.
Que venha 2007.

28.12.06

E eu ainda tenho que entrevistar duas pessoas HOJE. Essa pesquisa não tem fim, vamô nóis.
Aí eu fiz uma coisa feia. Falei que a entrevista durava quarenta minutos. Quando na verdade dura, com muita sorte e se a pessoa for econômica com as palavras, uma hora e meia. Considerando que militante de movimento social nunca nesse mundo é econômico com as palavras, ah. Duas horas no mínimo.
Peso na consciência total, mas fazer o quê agora, minha gente? Dizer pro cabra: é mentira, dura duas horas em média? Vamô nóis. Depois eles me olham com a cara feia maior do mundo, na pior das hipóteses, ou nem percebem, na melhor. A gente fica meio amiguinho, às vezes acontece.
Ah, tem mais uma coisa. Duas, na verdade. Ontem me liga um moço. Diz que eu sou difícil, não respondo e-mail. Eu digo que coloquei um anti spam, por isso não deve ter chegado. MEUS DEUSES. Se eu tinha uma lista de desculpas disputando pela pior de 2006, essa ganha disparada.
A outra é que uma amiga mandou um e-mail mostrando o e-mail que um ex mandou pra ela. Ele dizia que estava morrendo de vontade de tr*ansar com ela. Bonitinho, disse que adoraria, umas coisas assim. E, minha gente. Ela mandou para várias amigas dela, que responderam enfurecidas, que o cara é isso, aquilo, aquilo mais. E eu não entendo. Porque se a pessoa é sincera não presta, se mente não presta. Eu achei sincero. Aí quem recebe vê o que faz com isso, né? Acho que não tenho mais idade para me ofender com uma c0isa dessas, não mesmo.

27.12.06

Das muitas coisas que eu gostaria de fazer em 2007, vou fixar duas, bem possíveis. A primeira é reduzir ao mínimo o consumo de refrigerante. Tá na hora, eu acho.
A outra é comprar uma impressora. Porque eu sempre deixo isso pra amanhã e também tá na hora. Passou da hora, na verdade.
E ainda tem uma coisa pra fazer em 2006. Atualizar a lista dos blogs que leio, que é a vergonha desse meu humilde espaço.
No mais, cai o mundo lá fora (parece que a primeira semana de janeiro se antecipou, e não pára mais de chover, que cousa). E eu quero ver o filme do Nani Moretti, vamos ver se São Pedro dá uma trégua...

25.12.06

Então o primeiro natal da minha sobrinha foi bacana. Porque tem todo um evento que é a entrega do amigo secreto. Uma bagunça, uma gritaria que vocês não imaginam. Ou imaginam: junta os italianos com os baianos e imagina só no que dá. Uma FESTA mesmo. E a pequena adorou. Ria de tudo, falava sozinha. No colo das tias ou da avó, toda selerepe.
E hoje teve festa dupla. Vinte e cinco à tarde, bolo de aniversário para a Duda. E foi um barato. A festa em si sempre é mais ou menos. Muita criança, aquela gritaria, aquelas bexigas estourando (odeio). E a pequena ficou meio enjoada, calor, aquele povo, todo mundo tirando foto dela. Aí eu não tirei. Ah, porque ela tava chorando e eu achando um saco. Mas o pré-festa é que foi coisa bacana.
Acordamos (a família toda, vô, vó, pai e tias da Duda - minha irmã e eu) animadíssimos e afinadíssimos com a preparação da festa dela. Acho que essa foi a nossa festa - e a dela também, que cada vez que acordava ou vinha para a sala, abria aquele sorrisão para as bexigas, enfeites e etc. e tal.
Ontem dei para meu pai um cd do Adoniram Barbosa, coisa que ouvíamos muito na infância. Essa foi a trilha sonora da preparação da festa. Nós todos juntos, com a nossa pequena, cantando e brincando, subindo, descendo, e enche bexiga, enrola bala, cola enfeite. E celebrando o nascimento da nossa florzinha!

A aniversariante tomando seu sol da manhã.



Aqui a tia babando e garantindo o descanso da super star do dia!


23.12.06


Acabei fazendo compras de natal hoje. Logo eu que reclamo das pessoas comprando na última hora.
Mas na verdade, só hoje eu decidi que compraria presentes. E foi tranquilo. Porque no geral eu compro cds, aquela santa loja em frente ao cinema, na Augusta. Tive que passar no shopping também, mas esse tava bem tranquilo. Que é um shopping atípico mesmo, manteve a tradição no natal. Que bom.
Eu adoro comprar presente de natal, acho que foi por isso que decidi comprar hoje (tinha combinado comigo de não comprar nada, descombinei). Adoro fazer os pacotes, até no papel de presente eu penso com carinho. De um tanto que meus pacotes são sempre notados na árvore de natal, aqueles são os presentes da K.
Porque na casa da minha mãe tem toda uma coisa de árvore de natal. E por isso a festa é bacana para mim. Então mesmo atéia eu curto natal, uma coisa não tem nada a ver com a outra no meu mundo.
Quando eu era criança era o máximo, a gente colocava sapato na janela e etc, meus pais sempre foram ultra envolvidos com o natal e tals. Com o natal para os filhos, a festa, o lúdico, sabe? Uma vez eu já sabia que papai noel não existia e adiantei o relógio do meu pai uma hora, porque tava louca de ansiedade com o presente. Se vocês conhecerem meu pai um dia ele vai contar isso. Ele conta pra todo mundo, mil vezes e tal. E todo ano ele conta de novo, pra família. Adoro isso, adoro a gente junto no natal, porque sempre foi assim, porque tem amigo secreto, porque eu não sou mais criança mas a família tem outras crianças, e esse ano, ah, esse ano é o primeiro natal da minha sobrinha. Que na minha lista é a campeã absoluta de presentes, claro. E ela ainda faz aniversário no dia de natal, vai ter festinha e tudo. Feliz, muito feliz esse natal.
E procês também, uma festa bem bacana!

19.12.06

Ai, que alegria, lá vou eu pro Rio de Janeiro, hospedada na casa da amiga querida. Quando eu digo que vou lá pra trabalhar é puro exagero. Uma entrevista, que não dura mais de duas horas. E o resto do tempo todo para curtir a cidade maravilhosa. Agora, convém fazer a mala, já que daqui a duas horas tenho que sair de casa, né? Então tchau.

18.12.06


Bom, eu vou fazer um comentário maldoso. Mas lá vai. Tem um moço que me paquera desde a época que estudamos juntos, no colégio. Aí tempo passa, ele me encontra no orkut, me chama pra sair, aquele blábláblá todo. Mas é no blábláblá que vamos nos concentrar. Porque ele não segue o xaveco "normal" (que é um saco, óquei). Ele é um cara absolutamente formal. Não sei o quanto isso atrapalhou a vida do rapaz, mas olha, essa formalidade é o que, entre as amigas, nós chamamos de "mata paixão". Mata tesão ficaria mais apropriado, é isso. Porque veja bem. Hoje eu abro meu e-mail e lá está uma mensagem dele: "K. sua nova foto do orkut está excelente". Excelente? Ah, gente, excelente não, né?
Eu até sei que o moço é muito generoso, porque na verdade a foto tá ruinzinha que só, eu com uma cara de boba. Só não tirei porque a preguiça é maior que a vaidade. Mas anota aí no seu caderno: não diga que fulana está excelente. Porque ela quer que você pense que ele tá gostosa. Linda. Um escândalo. E se não dá pra falar isso pelo e-mail, sei lá, às vezes não dá. Então espera pra falar ao pé do ouvido. Sem formalidade.

17.12.06

"Sexo também é bom negócio
O melhor da vida é isso e ócio"
Hoje fui ao show do Zeca Baleiro, do cd novo, "Baladas do asfalto e outros blues". Mas ele nem cantou muito do cd novo não.
O show foi no Memorial da América Latina, segundo show do Zeca que assisto lá. O espaço é super bacana, auditório "Simón Bolívar". Mas pouco utilizado, viu? Quase nunca tem show lá, uma pena mesmo. E o ingresso a dez reais, olha que maravilha. Devia ter muitos e muitos shows por lá.
Aí dessa vez levei minha irmã, primeiro show do Zeca que ela viu. Ficou super feliz, um barato de se ver. E super ansiosa para tirar fotos. Por isso reparei na quantidade de gente batendo fotos. Agora é super febre nos shows, todo mundo tirando foto.
Eu nem levo a câmera, pra ser sincera. Ah, no começo eu achava que tinha aquilo de não poder bater foto do show e tals. Depois percebi que nego nem tchuns pra isso, todo mundo fotografa e pronto. Mas mesmo assim. Eu prefiro concentrar no show e não vejo graça nas fotos mesmo. De jeito nenhum que eu vou me preocupar em fotografar ao invés de ficar prestando atenção nos sons dos intrumentos assim, ao vivo.
Mas é claro que é SUPER bacana tirar foto com o cara, depois. Minha irmã até queria tirar foto com o Zeca Baleiro. Mas existem pouquíssimas coisas para as quais eu sou tímida nessa vida, e essa é uma delas. Nunca nem imaginei essa situação, nos milhões de shows que já vi. Acaba o show, eu tô sempre apertadíssima, corro para o banheiro. Não existe a opção pedir para tirar foto.
Não, nem no show do Chico. Muito menos no show dele. Se eu mal conseguia cantar de emoção... Imagina foto, acho que caía pra trás. E não sei. Eu não quero chegar perto dele não, não quero essa tietagem comum. Ah, eu sou patética mesmo, fazer o quê?
*tem uma foto do show do Chico nesse blog, mas fique claro, não fui eu quem tirou. Não parei de olhar pra ele um minuto sequer, jamais poderia manejar uma câmera fotográfica.

15.12.06


Esse ano rolou um baby-boom, né não? Porque veja bem, hoje fui comprar os presentes de natal. Os poucos e indispensáveis, porque esse ano a síndrome de papai noel não me atingiu. Muito bem, são quatro os indispensáveis. E três deles, para bebês. Três bebês é muito, nossa. Só hoje me toquei.
Aí comprei o mesmo presente para os três, como sou criativa. Agora, o que vocês não acreditam é que a bendita havaiana, do modelo que o amigo secreto quer, não tem em lugar nenhum desse mundo. Será que é pegadinha?

14.12.06

Então, passou. Nada como um bom banho de alecrim, né? Recomendo.
E hoje no café com as amigas*, conversávamos sobre ex-namorado e tesão. Para qual deles a gente diz não por auto-preservação e para qual diz não porque é não mesmo, o trem já passou.
Aí chego em casa, abro o e-mail e e leio o velho convite, again. Lembro que sempre que ouço aquela música "eu queria ter uma bomba pra poder te negar bem no último instante" penso que eu também queria. E não é que eu digo não bem no último instante? Ou mehor, não digo nada, deleto apenas. E foda-se a contradição. Se ontem era sim. Hoje é não, e no último instante, e sem explicação.
Hoje também ouvi uma pergunta que não pára de ecoar na minha cabeça. Na verdade duas. A primeira, por que você vai fazer doutorado? Oh, my. Sei lá, minha gente. Sei lá por que fiz mestrado. Quis fugir.
A outra não deixou a desejar. Nos seus planos tem lugar para marido, filho, viver?
Uma cacetada átras da outra, veja bem. Mas é quase natal, semana que vem eu vou conferir se o Rio de Janeiro continua lindo. Deixa pro ano que vem.

*café com as minhas amigas é uma das coisas que eu mais amo no mundo.

13.12.06



Eu acho que deveria haver algo assim como um retiro espiritual mensal. Algo assim, dois dias antes de menstruar. Retiro espiritual aqui é um eufemismo para cárcere, talvez.
Porque olha, eu vou te contar. Meu mau humor e consequente grosseria com o próximo alcança níveis colossais. E, meu Deus, como as pessoas me irritam! Mas enfim, eu procuro também.
Por que veja se é saudável chamar uma pessoa para limpar sua casa pela primeira vez exatamente durante a sua tpm. E mais. Veja se, além disso, sua mãe te arrumou a empregada e ficou na sua casa nesse dia, "monitorando" a mulher e te ligando trinta vezes no celular, estando você nessa pobreza na qual você está.
Pensando bem, mãe em casa, a não ser que seja para visitar, já é um motivo, né? Seja ela a mais fofa do mundo. Você saiu da casa dela para cuidar sozinha de suas coisas. Arrume você mesma sua empregada.
Aí não basta o mau humor, a vontade de virar pó depois de matar todas as pessoas ao redor, o seio dolorido, a barriga inchada. Ainda tem a culpa. Porque sua mãe saiu lá da casa dela, veio com a mulher até aqui, ora ora, que ingrata eu sou.
Mas isso não é tudo. Sua mãe liga para o seu irmão, com quem você só não discutiu há uns dias átras porque entendeu que não adianta mesmo, e o chama para fazer sei lá o que na sua casa. Você chega de um lugar no fim do mundo e ele está no seu computador, com um copo de refrigerante molhando a sua mesa que acabou de ser limpa. E não sei como, já conseguiu sujar o chão também. AHHHH. Depois você esgana um, e aí é a louca.
Mas não esganei ninguém. Só fiz aquela cara, que em dois minutos estava todo mundo na porta do apartamento me dando tchau. Ainda por cima a mulher deve ter pensado que eu não gostei da limpeza. E, imagina. Eu não estou em condições de gostar de coisa alguma.

10.12.06



Minha mãe liga logo cedo. Eu TENHO que escolher o que quero de presente de amigo secreto hoje.
Ai, acho um saco. Sei lá o que eu quero. Aí faço uma lista. Dois livros e um cd que estão dentro do preço estipulado. As três possibilidades são relativamente difíceis de encontrar pra quem não compra na internet ou anda pelo circuito da Paulista. E 99 % dos participantes estão nessa categoria, que beleza.
Aí penso em pedir o "Evangelho segundo Jesus Cristo", do Saramago. Talvez seja mais fácil. E imagino a cara da tia, perguntando: mas a K. não é atéia? Depois, imaginei o pior: e se o meu amigo ou amiga secreta resolverem me dar um evangelho??? É capaz. Tirei esse da lista. E escrevi as três primeiras opções (um deles é o cd Tecnomacumba - evangelho e macumba, o povo ia pirar!haha) e avisei que pode ser qualquer outra coisa.
E para minha surpresa, o que meu amigo secreto pediu?? Uma sandália ha*vaiana. Pois é.

7.12.06

Amplidão

"Deixa eu te guardar, a casa é sua
Faz em mim teu lar, me reconstrua
Queira me habitar onde eu me escondo
Faz deste lugar só seu no mundo
Eu quero ser onde você sossega a alma
E chora e ri
E encontra a calma pra sonhar, sem dormir
Vem acender as luzes que iluminam o meu coração
Vem ter comigo sua parte da amplidão
De minha parte, eu estou aqui..."

Eu acho essa música a melhor coisa da novela. A parte que eles tocam na novela (eu quero ser onde você sossega a alma) ficou na minha cabeça de cara, achei absolutamente lindo isso. Aí hoje descobri que a música é do Chico César. E descobri a letra toda.
Esse finalzinho também é qualquer coisa. Lindo dizer isso, da minha parte, eu estou aqui...
Porque é bem assim, né? Tou aqui, camarada. Nossa, adorei mesmo. E a voz da Elba eu acho que completa. Adoro a Elba interpretando, e acho que essa devia ser música tema da Isabel e do Renato, que é a única coisa que eu realmente curto na novela. Depois da música, claro.

a trilha sonora também tem uma da adriana calcanhoto, parece gracinha. vou procurar.

6.12.06


  • O ex-namorado me chama no msn. Precisa de ajuda com a monografia, acha que eu sou a pessoa mais indicada. Podia ser pelo fato de ter feito mestrado, mas na verdade se deve ao fato de, no colégio, eu colocar o nome dele em todos os trabalhos. Eu era a CDF e ele o namorado folgado. Virou ex, mas continua folgado, porque algumas coisas não mudam nunca, haha.
  • Querem me entrevistar, fazer uma matéria sobre a minha dissertação. A matéria é feita pelo setor de comunicação da própria faculdade, o que significa que não terá lá grandes repercussões. Mas achei legal mesmo assim.
  • Falando nisso, os efeitos de terminar o mestrado são visíveis. Esses dias tenho ficado em casa, cozinhando, lendo, trabalhando numa coisinha aqui outra ali. Tranquila. Acho que eu não me sentia assim há bastante tempo: sempre com aquela sensação de pendência, sabe?
  • Queria ir ao cinema, aproveitar o desconto da quarta-feira. Mas com uma chuva dessas, só se fosse de bote. E na volta eu poderia fazer rafting na ladeira, a nova sensação da rua Itapeva, hohoho.

5.12.06

Algumas amigas sempre me dizem que apreciam o meu jeito de dizer tudo o que penso/incomoda/está errado. Algo como aquilo de "não levar desaforo para casa" - guardadas as devidas proporções, não pensem que eu não saio por aí berrando ou batendo nas pessoas. Não sempre.
Acontece que nem sempre isso me traz sensações boas. E era pra ser assim, né? Você se sente injustiçada, vai lá e diz. E aí tira um peso, sente um alívio, sei lá.
Mas quando a gente fala muito, corre o risco de falar demais da conta, é um fato. E ontem eu fiz isso. Tinha que reclamar com alguém sobre o absurdo de não receber o pagamento no dia combinado, e reclamei com quem menos tem a ver com isso.
Aí fico me sentindo culpada, querendo pedir desculpas. Mas nem é o caso, não vou ficar fazendo DR por tão pouco. Eu sei que é muito mais autocrítica galopante do que qualquer outra coisa. O que não alivia em nada o mal estar.
E como culpa pouca é bobagem, eu resolvo pensar o que ainda me faz trabalhar lá, que está às moscas. Eu sou a única que ainda dependo do pagamento mísero para viver, bem sei. Por isso esquecem, atrasam, etc. e tals.
E eu vou te dizer uma coisa. Sentir culpa é uma merda.

4.12.06


E por aqui, continuo firme e forte com a minha dieta. Três quilos em três semanas, tou achando um resultado bacana.
Mas o bacana mesmo é a mudança de hábitos. Voltei a comer arroz integral regularmente, saladinhas diversas, frutas e tudo aquilo que a gente sabe que tem que comer.
E não deixo de comer nada, não é uma dieta restritiva. Ontem mesmo tomei chopp, anteontem bebi vinho. Mas a quantidade, ah, essa mudou drasticamente. Chopp? Uma caneca. Uma taça de vinho também. E quem já saiu comigo para beber sabe que uma caneca de chopp é quase nada...
Por outro lado, a gente resolve o problema da obesidade e do alcoolismo em uma tacada só.
Chocolate então, nem se fala. No máximo um bombom por dia. O que nos primeiros dias foi terrível. Queria comer toda a minha quantidade de pontos do dia em chocolate. Mas aí uma conversa esclarecedora com a amiga mudou minhas concepções. Porque eu descobri que no Brasil não existe controle de açúcar nos alimentos. Mais ou menos assim: a OMC* dita normas de controle do açúcar em alimentos para todos os países do mundo. Mas o Brasil não se submente a essas regras.
Achei que faz bastante sentido. Porque, atualmente, o sabor do chocolate mudou muito. Tá bem longe daquele gostinho de cacau genuíno. Lembra do gosto do Alpino, há uns muitos anos átras? Hoje parece massa de açúcar com essência de cacau. E eu nem vou falar da comparação com os chocolates importados, porque aí é covardia.
Isso tudo para dizer que diminui o consumo de produtos industrializados com açúcar. Fico imaginando chocolate com parafina, perco a vontade. E como diminui a quantidade também, agora vou me dar ao luxo de comer chocolate suíco de vez em quando. Porque se é para matar a vontade, que seja em grande estilo, hohoho.
*Retificando: não é OMC e sim OMS. "Se confundi"!

1.12.06




Passei o dia todo fora, cheguei querendo escrever no blog. Sento em frente à tela,e pronto: esqueci tudo.
Mas então deixa eu contar que compramos uma coisa para a minha sobrinha que parece uma piscina de bolinhas. Não é piscina, é tipo uma barraca, chama toca, eu acho. Mas tem bolinhas, muitas. Pois muito bem, compramos, abrimos, e quando ela viu, tadinha, o coraçãozinho disparou. Juro, ela ficou alucinada com tantas bolinhas. Agora, veja bem. A menina tem onze meses, minha gente. E já dispara o coração assim? Se continuar nesse ritmo, tadinha, haja coração.
Aí foi uma festa só, ficamos minha irmã e eu brincando com ela na tal da toca de bolinhas. Dá vontade de brincar com ela pra sempre.
E a novidade é que ela aprendeu a fazer sinal de sim com a cabeça. Antes só fazia não. Agora é muito engraçado, porque ela se confunde, e a gente diz: vem com a titia (pra ela andar, sozinha): ela balança a cabeça que não. Ou então oferecemos água: ela balança a cabeça que não. A minha irmã oferece o celular para ela brincar (o sonho dela, claro): se confunde toda, faz sim e não, sim e não, sim e não!
Aí chegou a hora de dar beijinhos. Duda, dá beijo na tia. Na vovó, no vovô, aquela chateação toda, coitada. E hoje eu usava uma camiseta com a foto da Clarice Lispector. E não é que ela beijou a foto?
Por falar em Clarice, hoje eu comprei Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres. Você já leu, nêga? Não? Então leia!